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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Terra Indigena Vale do Javari: comunicado da Resistência Indígena Continental

A Resistecia Indigena Continental apoia o Movimento Indigena Vale do Javari (TI Vale do Javari, onde vive o Povo Originário KORUBO). E manifestamos nosso total repudio com relação a algumas pessoas que em São Paulo e no Rio de Janeiro (e mesmo em Brasilia) insistem em chamar o tuxaua Kaxalpynia Runayke (Povo Originário Yagua, também grafado Yawa isolados) como Korubo (ou ainda "COMANDO KORUBO") mesmo depois da manifestação pública no blog do Vale do Javari.

Apresentamos Carta Aberta do tuxaua KAXALPYNIA RUNAYKE onde ele declara não pertencer mais ao "Acampamento Indigena Revolucionário" e também declara não pertencer à etnia Korubo do Vale do Javari).




RESISTENCIA INDIGENA CONTINENTAL !!!

ANO 519

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"On Fri, 25 Jun 2010 14:27:05 +0100
Beto Marubo Marúbo wrote:
>
>
>
> Agradecemos a preocupação e manifestação de apoio e aproveitamos a
>oportunidade para esclarecer algumas informações que vêm sendo
>distorcidas a respeito do Vale do Javarí, sobretudo, com relação à
>etnia Korubo:
>
>
>
> 1. O problema sobre garimpo no Vale do Javarí é mínimo, pois ainda
>não foram detectadas jazidas que tenham chamado à atenção dos
>extratores como em outras regiões do país. Em 2009 equipes de
>fiscalização da FUNAI constataram uma série de problemas ambientais
>na região noroeste, nas imediações do Rio Jandiatuba (próximo a São
>Paulo de Olivença), todavia não foram encontrados indícios aparentes
>de produção garimpeira, somente de pesquisa. A área referida é ínfima
>em relação a grandiosidade do Vale do Javarí, porém é uma região de
>perambulações dos isolados "Flecheiros" (que não têm nada a ver com
>Korubo).
>
>
>
> 2. A etnia Korubo só existe nesta região do Brasil e vivem em
>completo isolamento, em relação a sociedade envolvente. Em 1996 a
>FUNAI chegou a contactar um grupo de 20 pessoas (Korubo) os quais
>ainda vivem semi-isolados e sob a proteção sistemática das equipes da
>Frente de Proteção Ambiental vale do Javarí. Ou seja, não existe
>nenhuma possibilidade de que haja algum Korubo andando por Brasília.
>Ou vivem sob a proteção da FUNAI ou vivem isolados (a maior população
>Korubo ainda vivem isolados nas regiões do Rio Cuarí e afluentes). É
>importante ressaltar que estas regiões estão localizadas no Centro
>desta reserva.
>
>
>
> 3. Se existe alguém passando por Korubo ou falando em nome do Vale
>do Javarí não tem o nosso reconhecimento, e àqueles que realmente
>estejam preocupados com a nossa situação procurem mais informações
>conosco, através da nossa Organização UNIVAJA (união dos Povos
>Indígenas do Vale do Javarí).
>
>
>
>
>
> Grato pela Atenção,
>
>
>
>
>
> Beto Marubo
>
> Vale do Javarí
>
>"

domingo, 8 de julho de 2012

Tribunal Popular da Ditadura Militar Brasileira

Parente Ailton Krenak, Parentes que tem informação sobre as duas cadeias indigenas:


A Resistência Indigena Continental recebeu e lhes repassa o seguinte questionamento:

"vocês conhecem alguém que ficou preso em MG ou no Centro Krenak ou na Fazenda Guarany?

Gostaria de trazer de público o tema destas duas cadeias indígenas e precisamos encontrar uma testemunha."

Parentes, prestem atenção porque este é um trabalho muito sério que envolve o Blog da Resistência Indigena Continental, a Associação Juizes para a Democracia, o Grupo Tortura Nunca Mais/SP, a Comissão de DHs da Arquidiocese de SP e o Armazém da Memória, e ainda agora envolve estudantes de História.

Parentes que querem saber mais detalhes leiam a mensagem encaminhada abaixo.

RESISTENCIA INDIGENA CONTINENTAL !!!

ANO 519 \\\..///


Em 5 de julho de 2012 03:10, Marcelo Zelic escreveu:
Priscila bem legal, vou pensar com calma em como fazer, mas está tranquilo, tenho um bocado de material compilado. A primeira idéia me parece boa, participo como acusação (sem terno ou com terno? rs) posso falar com Funari que é advogado, para fazer a defesa e para isso podemos usar os discursos de deputados e militares para sistematizar as posições externadas na época em defesa do estado, negando os crimes. Quanto tempo tem cada caso? Como está dividido o tempo entre acusação, testemunha e defesa... dentro deste tempo de inquirir testemunhas poderia chamar, um índigena (tentaremos um depoimento com Miryam e tuxaua Kxalpýnua) , convidaria a juíza Kenarik ou um membro da Associação Juízes para a Democracia, para apresentar algum documento probatório do estudo que temos ... por exemplo a Resolução 95 do Congresso Nacional que instituiu a CPI do Índio em 1968 e que foi abruptamente encerrada em 1968 com o AI5, retomando suas atividades somente em 1977, aí super fragilizada com os expurgos e etc... Com a definição do tempo organizo meu pedaço...

O tema que vamos atacar em juízo seria a ação e omissão do estado brasileiro nas violações dos direitos humanos indígenas, e pleitear que o juri condene o estado brasileiro a INCLUIR O EIXO TEMÁTICO INDÍGENA na Comissão Nacional da Verdade para levantar e apurar os casos de prisões, tortura, assassinatos, massacres, genocídio, destruição cultural e do habitat dos índios do Brasil entre 1946-1985.

Para ter idéia do que digo: extermínio de aldeias inteiras com bananas de dinamite jogadas de helicóptero e metralhamento dos índios no solo, inoculação proposital e o consequente extermínio de duas aldeias xavantes inteiras com o vírus da varíola no Pará e diversas outras em outras partes do Brasil, com este método ou usando arsênico no açúcar e na comida entregue aos índios, fuzilamento sumário, entrega irregular de terras indígenas para exploração por madeireiras, mineradoras, empresas agrocpecuárias, provocando conflitos que o estado fingia não ver e saber, com assassinatos cruéis como o genocídio dos Cintas-Largas no MT por exemplo e casos e mais casos que muito me entristece tomar ciência hoje e ver que não fazem parte do escopo da CNV ainda...

É preciso como forma de reparação expandir esse reclamo até conseguirmos criar um estudo sério sobre o tema oficialmente na CNV.

(...)
Marcelo Zelic
Vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
Coordenador do Projeto Armazém Memória
(11) 9726-1388
www.armazemmemoria.com.br
mzelic@uol.com.br

From: Priscila Manfrinati
Sent: Wednesday, July 04, 2012 8:16 PM
To: marcelozelic@gmail.com
Subject: Tribunal Popular da Ditadura

Olá Zelic!!
Bom, vamos lá...
:)

O Tribunal Popular da Ditadura será realizado na programação do ENEH (Encontro Nacional de Estudantes de História), durante a tarde (14h as 18h) do dia 16 de julho.
Serão julgados três casos: Luiz Eduardo Merlino, Crimes de maio de 2006 e o terceiro seria a Helenira Rezende mas, ao que conversamos por telefone, creio que substituiremos por um caso indígena da época.
A ideia é tentar estabelecer um paralelo entre a ditadura e a tortura e extermínio de ontem com as de hoje, na "democracia".
Os três casos serão julgados em separado, isso significa que:
- para cada caso deverão haver três pessoas específicas: testemunha, promotor (acusação) e advogado (defesa)
- o júri e o juiz poderão ser os mesmos para os três.

Assim sendo, precisaríamos para o caso indígena: um dossiê, uma testemunha, um acusador e um defensor.

O convite é o de que você cumpra o papel de algum dos três (eu indicaria para acusação ou defesa, se conseguirmos um índio como testemunha).

Para além disso, seria muito bom se você passasse o contato de outras pessoas e entidades ligadas ao assunto, que tenham interesse em participar. O Antônio Funari Filho, outros ex-presos, o Fórum permanente, Comissão da Verdade, Cordão da Mentira, todos eles e outros... A gente chama todo mundo.

Iremos realizar no dia 17 de julho (dia seguinte), durante a manhã e a tarde, um ato público na Paulista, na frente da FIESP, com escracho dos empresários que se beneficiaram da ditadura e passeata. Seria importante que os setores compusessem junto conosco.

(...)
--
Priscila Manfrinati

História USP
CAHIS USP - Gestão 2012/13
Federação do Movimento Estudantil de História - FEMEH
Regional Sudeste - SP
COENEH 2012

Coletivo Construção
Liberdade, Socialismo e Revolução - LSR - CIT/PSOL

"Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre ele, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas."